quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Construção e Manutenção de Estradas Rurais

Estou montando na medida do possivel informações que tende a ajudar muito sobre o tema Estradas Rurais, em pesquisas rapidas e confiaveis.
tal processo deve levar mais algun tempo pois demanda muito de tempo ocioso e no memento esta escasso.
Neste interim a quem interesar possa, solicite informação por e-mail rezendeisrael@hotmail.com, e terei o maior prazer em responder, tenho um material muito rico ilustrativo o qual estou separando e montando para esta pagina de acordo com as ações e medidas a serem tomadas em diversas situações vividas no dia a dia de conservação nas estradas rurais.
Ao mesmo tempo convido os amigos rodoviários rurais a estarem entrando e complementado este trabalho que acredito no futuro ser de valia a todos nois, participem a casa é de vocês!; aos amigos e interessados em adquirir uma cópia da apostila de estradas rurais, mandem seus endereços que estarei enviando via correio a um custo de R$ 6.50 a unidade e se quiser posso mandar por cd a um custo de R$ 10.00, no cd estarei mandando varias outras situações alusivas a manutenção, conservação ou construção de Estradas Rurais, Calçamentos Poliédricos e Urbanismo. liguem para tratar no (46)9114-8015.

3 Comentários:

Às 14 de junho de 2008 às 10:30 , Blogger rezendeisrael disse...

Com o objetivo de disseminar técnicas adequadas para manutenção de estradas rurais, de forma a mantê-las dentro de padrões aceitáveis quanto às condições de trafegabilidade.

O SEST SENAT E PARCEIROS, através de suas equipes técnica, buscou em trabalhos idealizados e estruturados pelo, DNER/BR, DER/PR, DER/SC em conjunto com outros órgãos, como o IPT- Instituto de Pesquisas tecnológicas de São Paulo, IPC/BR- e outros, um programa de treinamento intitulado “TÉCNICA DE MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTO RODOVIÁRIO E ESTRADAS RURAIS”.

Destinados aos operadores de equipamentos rodoviários, motoristas, encarregados de serviços, laboratoristas de solos e a topógrafos de prefeituras municipais e de outros seguimentos envolvidos com Adequação de Estradas Rurais.

As ações de projetos relativas ao controle da erosão ao longo das estradas rurais, que coube a vários municípios dos estados brasileiros, executando grande número de pequenas obras de recuperação.

Em sua formulação o projeto prevê que seja desenvolvido, paralelamente ao andamento das obras, um programa de treinamento aos operadores de equipamentos das prefeituras, de modo a favorecer um processo de qualificação profissional que garanta a sustentabilidade do objetivo principal do projeto, isto é, que sejam incorporados métodos de trabalho capazes de produzir o adequado manejo dos recursos minerais - em especial o solo e a água - mesmo depois deste concluído.

Entretanto restrições orçamentárias têm impedido e impedem até hoje que esta meta seja alcançada, permanecendo nos meios técnicos a convicção da imprescindibilidade de sua efetivação.

O instrumento para realizar esta meta se materializa agora, sob a forma de manual, elaborado pelo DNER, DER/SC, IPT, IPC e outros, através de longos anos de experiências, bem como, amplas pesquisas que foram realizadas na bibliografia existente no país, aliadas a fonte de consultas disponíveis nessa área em outros países.

De uma maneira geral, os assuntos aqui abordados limitam-se alguns tópicos e as informações neles contidas, não pretendem constituir-se em algo acabado, e desta forma, não se deseja limitar os trabalhos de manutenção em estradas desta natureza, aos termos aqui expostos.

Ao longo da implementação do projeto de treinamento, no qual, serão repassados os conceitos apresentados, certamente deverão ser realizados ajustes no programa, isto de acordo com as características de cada região.

A malha viária de qualquer país é de importância vital para sua economia e as condições de sua infra-estrutura são primordiais. Portanto as estradas, nas suas mais diferentes categorias, são uma necessidade e serviços, permitindo o desenvolvimento das comunidades por elas atingidas e gerando por conseqüência a melhoria de sua qualidade de vida.

Por outro lado, a deficiência na infra-estrutura de transportes gera o aumento do tempo de viagem e de custos, dificuldades de escoamento e perda de produtos agrícolas, bem como dificuldades de acesso aos mercados e aos serviços essenciais.

Como conseqüência, teremos um desestimulo ás atividades produtivas, isolamento econômico e social da população, ocorrendo também estímulo a um processo intenso de êxodo rural.

Sendo assim, as estradas devem ser adequadamente construídas, bem com receber manutenção criteriosa, em conformidade com as normas específicas, para permitir a satisfação das necessidades de curto e longo prazo aos seus usuários.

Em iniciativas que contemplem, tanto a nível estadual como municipal programa de manutenção da rede de estradas não pavimentadas, devem ser observadas diretrizes que vislumbrem de forma eficiente, á




I

Implantação de técnicas adequadas, que possibilitem aos técnicos e instituições envolvidas atingir uma nova visão com relação ao equacionamento dos problemas que atingem tal infra-estrutura.

Tais ações auferirão expressivos ganhos no universo social ao qual se inserirem os melhoramentos da rede viária, bem como contribuirão muito favoravelmente á presença do meio ambiente.

A maioria dos estados brasileiros, cujos territórios são divididos em vários municípios, possui malhas viárias, em torno de 90% não pavimentadas. Predominantemente estradas de terra, cujas plataformas apresentam, na sua grande maioria, problemas quanto à interrupção ou dificuldades de tráfego de veículos, uma vez que o leito dessas estradas não é mantido devidamente conformado, além de ser em muitos locais, o agente causador de degradação ambiental.

Estes problemas decorrem fundamentalmente da deficiente capacitação profissional dos encarregados de serviços, responsáveis pela construção dessas estradas, bem como daqueles profissionais aos quais os serviços de manutenção estão sob tutela.

Particularmente, na esfera municipal, inicia-se um círculo vicioso, onde os municípios se defrontam com demandas crescentes de máquinas, equipamentos rodoviários e serviços de manutenção de estradas, sem, no entanto, conseguir solucionar definitivamente o problema, uma vez que as causas maiores do processo não são removidas.

Particularmente o setor agrícola fica duplamente prejudicado. Primeiro pelo material carreado sobre os solos agrícolas. Segundo, porque a manutenção inadequada das estradas dificulta o escoamento das safras e implica em aumento dos custos de transportes e frete.

Os princípios básicos que orientaram a elaboração do referido manual estão nitidamente voltados para as soluções técnicas simples e de pequeno porte, de baixo custo e muitas das quais envolvem serviços que poderão ser executados com mão de obra local, desenvolvendo-se deste modo à aptidão executiva destes princípios no âmbito municipal, entre outros benefícios.





PATO BRANCO - SETEMBRO DE 2002







ISRAEL REZENDE DA SILVA FILHO
Inspetor de Equipamentos Rodoviários

 
Às 15 de junho de 2008 às 14:05 , Blogger rezendeisrael disse...

O manual abrange uma série de capítulos estruturados da seguinte forma:

Capítulo 1° - INFORMAÇÕES GERAIS, onde foram abordados tópicos que objetivaram transmitir aos técnicos da área desde conceito importante no que tange à classificação de rodovias, até os aspectos relacionados aos impactos econômicos advindos da manutenção de estradas rurais;

Capítulo 2° - MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO DE ESTRADA DE TERRA, onde são apresentados os mais diferentes materiais, os quais o pessoal encarregado da manutenção pode dispor para equacionar os mais diversos problemas de manutenção;

Capítulo 3° ao 8° - ABRANGENDO TODOS OS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO, constituindo-se em parte essencial do presente documento uma vez que diz respeito aos mais diferentes serviços de manutenção requeridos nas estradas rurais, ou seja, aqueles ligados à (I) pista de rolamento, (II) drenagem, (III) obras de artes especiais, (IV) faixa de domínio, (V) problemas comuns em estradas de terra e por fim (VI) técnicas de proteção vegetal;

Capítulo 9° - CONCEITOS DE PROJETOS DE ESTRADAS RURAIS, onde são abordados, desde conceitos relativos a relo cação de traçado de trechos destas estradas até a apresentação de parâmetros físicos importantes que dizem respeito à plataforma da seção transversal destas estradas;

Capítulo 10° - CONCEITOS DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL, onde estão relacionados às ações requeridas para a recuperação de áreas degradadas, especificamente no que tange as áreas de empréstimos e jazidas de materiais destinados ao revestimento destas estradas, historicamente utilizadas sem quaisquer cuidados de proteção ambiental;

Capítulo 11°- UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS RODOVIÁRIOS NA MANUTENÇÃO DE ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS, compêndio tão ou mais importante que os demais, uma vez que abrange os procedimentos relativos à operação adequada dos mesmos, nas tarefas de manutenção consideradas básicas e que requerem utilização racional, tendo em vista os custos que demandam;

Capitulo 12º- MANUTENÇÃO PREVENTIVA BÁSICA, Onde são abordados todos os tópicos vinculados a manutenção dos equipamentos como, filtros, pneus, lubrificantes, baterias, material rodante, combustíveis;

Capítulo 13°- SINALIZAÇÃO, onde são apresentados os procedimentos relativos à tomada de cuidados na execução dos mais diferentes serviços, utilizando-se de um sistema de sinalização preventiva, orientativa e extensiva a toda obra, visando proteger os trabalhadores e informar aos usuários da estrada quanto à manutenção que está sendo executada na mesma;

Capitulo 14º- ACIDENTES, Onde são apresentados os cuidados necessários para a operação e manutenção dos equipamentos;

Capitulo 15º- CARGAS E ESTRUTURAS, Compêndio importantíssimo nas cargas e distribuição das mesmas nos caminhões, assim como o projeto estrutural elaborado pelos fabricantes dos equipamentos definindo o que pode e o que não é aconselhável executar;

Capítulo 16°- GLOSSÁRIO/ DEFINIÇÕES, onde são apresentadas explanações à cerca dos principais termos ou expressões de significado;

Capítulo 17°- BIBLIOGRAFIA, onde estão todos os documentos, objetivos de pesquisas que serviram de suporte à elaboração dos principais capítulos do manual.































Capítulo 1 – Informações Gerais








































1. Informações Gerais

1.1. Conceitos de estradas rurais

1.1.1 Classificação das Rodovias

Existem basicamente quatro critérios para a classificação de uma rodovia:

a) Quanto à sua administração:
 Federais;
 Estaduais;
 Municipais;
 Particulares.

b) Quanto à sua função:
 Arteriais;
 Coletoras;
 Locais;

c) Quanto à sua característica física:
 Pavimentadas;
 Não Pavimentadas;
 Com pistas simples ou duplas.

d) Quanto ao seu padrão técnico.
Divide-se em classes, tomando-se como base valores de rampa máxima; valores de raio de curva; largura de pista, acostamento, etc.
Podemos considerar como estradas vicinais, o conjunto de pequenas vias que compõe o sistema capilar do transporte.
São responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e pelo transporte coletivo entre municípios e distritos.
Nesta conceituação se inserem as rodovias rurais atendidas pelo projeto MICROBACIAS/ BIRD.
A má qualidade das rodovias vicinais significa o desalento do produtor rural, o encarecimento do transporte e o estímulo ao êxodo rural.

1.1.2 Características Técnicas Essenciais de Uma Estrada.

a) Capacidade de suporte
Boa capacidade de suporte e boas condições de rolamento e aderência são características fundamentais que uma estrada de terra deve apresentar a fim de garantir condições satisfatórias de tráfego.

A capacidade de suporte de uma estrada diz respeito á maior ou menor deformação da mesma frente ás solicitações do tráfego.
As deficiências técnicas localizadas no sub leito (terreno natural sobre o qual está implantada a estrada), ou na camada de reforço (utilizada para melhorar o sub leito), ou em ambos, são responsáveis pelos problemas advindos da falta de capacidade de suporte.
O uso de materiais granulares (areia, cascalho, etc.) e uma boa compactação, são itens imprescindíveis à execução, quando o problema for relacionado à capacidade de suporte.









b) Condições de rolamento e aderência:
As condições de rolamento de uma rodovia estão relacionadas com uma regularização da pista. Os defeitos, tais como buracos, ondulações transversais, pedras, etc. Diminuem drasticamente o conforto e a segurança do usuário.
Já as condições de aderência estão relacionadas com o atrito entre os pneus dos veículos e a pista. Os materiais granulares soltos sobre a pista e o uso de materiais muito finos na camada de revestimento, provocam más condições.



A mistura de materiais granulares com um material ligante que aglutine esses grãos, seguida da compactação, dá excelentes resultados.
Em resumo, para se obter boas condições de rolamento e aderência, é necessário:

Utilizar:
- Material granular (areia, cascalho, etc.); Material aglutinante (argila);
Proceder:
- A mistura dos materiais;
- A compactação.

1.2. A Importância da Conservação

1.2.1. Classificação da conservação

Os serviços de conservação são classificados em:

a. CONSERVAÇÃO DE ROTINA;
b. CONSERVAÇÃO ESPECIAL;
c. CONSERVAÇÃO DE EMERGÊNCIA.

Chama-se de Conservação de Rotina ao conjunto dos serviços que tem como objetivo manter todos os elementos da rodovia, com o mínimo possível de alterações, com as mesmas características e condições que apresentavam logo após sua construção ou recuperação, ou, como no caso das nossas rodovias rurais, logo após extensos serviços de retificação, drenagem e revestimento, ou seja, logo após uma operação de conservação especial.

A Conservação Especial se refere aos serviços que visam melhorar as condições originalmente apresentadas pela rodovia, através, da execução, sem interrupção do tráfego, de obras de pequeno vulto, complementares da construção inicial.

Já para os serviços destinados a dar novamente condições de utilização a trechos que tenham tido seu tráfego interrompido em conseqüência de algum fato extraordinário dá-se o nome de Conservação de Emergência.

Os manuais de Normas de Conservação englobam sob a denominação de recuperação os serviços de recapeamento e reconstrução dos pavimentos. Denomina-se de melhoramentos também as obras de maior porte, que oferecem à rodovia características melhores que as vigentes originalmente.

 
Às 24 de junho de 2008 às 11:02 , Blogger rezendeisrael disse...

1. Informações Gerais

1.1. Conceitos de estradas rurais

1.1.1 Classificação das Rodovias

Existem basicamente quatro critérios para a classificação de uma rodovia:

a) Quanto à sua administração:
 Federais;
 Estaduais;
 Municipais;
 Particulares.

b) Quanto à sua função:
 Arteriais;
 Coletoras;
 Locais;

c) Quanto à sua característica física:
 Pavimentadas;
 Não Pavimentadas;
 Com pistas simples ou duplas.

d) Quanto ao seu padrão técnico.
Divide-se em classes, tomando-se como base valores de rampa máxima; valores de raio de curva; largura de pista, acostamento, etc.
Podemos considerar como estradas vicinais, o conjunto de pequenas vias que compõe o sistema capilar do transporte.
São responsáveis pelo escoamento da produção agrícola e pelo transporte coletivo entre municípios e distritos.
Nesta conceituação se inserem as rodovias rurais atendidas pelo projeto MICROBACIAS/ BIRD.
A má qualidade das rodovias vicinais significa o desalento do produtor rural, o encarecimento do transporte e o estímulo ao êxodo rural.

1.1.2 Características Técnicas Essenciais de Uma Estrada.

a) Capacidade de suporte
Boa capacidade de suporte e boas condições de rolamento e aderência são características fundamentais que uma estrada de terra deve apresentar a fim de garantir condições satisfatórias de tráfego.

A capacidade de suporte de uma estrada diz respeito á maior ou menor deformação da mesma frente ás solicitações do tráfego.
As deficiências técnicas localizadas no sub leito (terreno natural sobre o qual está implantada a estrada), ou na camada de reforço (utilizada para melhorar o sub leito), ou em ambos, são responsáveis pelos problemas advindos da falta de capacidade de suporte.
O uso de materiais granulares (areia, cascalho, etc.) e uma boa compactação, são itens imprescindíveis à execução, quando o problema for relacionado à capacidade de suporte.









b) Condições de rolamento e aderência:
As condições de rolamento de uma rodovia estão relacionadas com uma regularização da pista. Os defeitos, tais como buracos, ondulações transversais, pedras, etc. Diminuem drasticamente o conforto e a segurança do usuário.
Já as condições de aderência estão relacionadas com o atrito entre os pneus dos veículos e a pista. Os materiais granulares soltos sobre a pista e o uso de materiais muito finos na camada de revestimento, provocam más condições.



A mistura de materiais granulares com um material ligante que aglutine esses grãos, seguida da compactação, dá excelentes resultados.
Em resumo, para se obter boas condições de rolamento e aderência, é necessário:

Utilizar:
- Material granular (areia, cascalho, etc.); Material aglutinante (argila);
Proceder:
- A mistura dos materiais;
- A compactação.

1.2. A Importância da Conservação

1.2.1. Classificação da conservação

Os serviços de conservação são classificados em:

a. CONSERVAÇÃO DE ROTINA;
b. CONSERVAÇÃO ESPECIAL;
c. CONSERVAÇÃO DE EMERGÊNCIA.

Chama-se de Conservação de Rotina ao conjunto dos serviços que tem como objetivo manter todos os elementos da rodovia, com o mínimo possível de alterações, com as mesmas características e condições que apresentavam logo após sua construção ou recuperação, ou, como no caso das nossas rodovias rurais, logo após extensos serviços de retificação, drenagem e revestimento, ou seja, logo após uma operação de conservação especial.

A Conservação Especial se refere aos serviços que visam melhorar as condições originalmente apresentadas pela rodovia, através, da execução, sem interrupção do tráfego, de obras de pequeno vulto, complementares da construção inicial.

Já para os serviços destinados a dar novamente condições de utilização a trechos que tenham tido seu tráfego interrompido em conseqüência de algum fato extraordinário dá-se o nome de Conservação de Emergência.

Os manuais de Normas de Conservação englobam sob a denominação de recuperação os serviços de recapeamento e reconstrução dos pavimentos. Denomina-se de melhoramentos também as obras de maior porte, que oferecem à rodovia características melhores que as vigentes originalmente.







Como no nosso caso tratamos de rodovias não pavimentadas, podemos chamar também de melhoramentos aquelas operações de Conservação Especial que são executadas para mudar as características originais de uma rodovia em abertura pioneira.

Logo, as principais operações nas nossas rodovias serão de conservação de rotina, podendo ser chamadas de melhoramentos ou não, dependendo da extensão e profundidade dos serviços.
Por exemplo: uma retificação de um trecho, acompanhada dos serviços de drenagem e revestimento, será um melhoramento, como nos investimentos rodoviários realizados pelo projeto MICROBACIAS/BIRD; porém, com apenas o revestimento, estaremos somente recuperando a condição que esse trecho já possuía, sendo, portanto uma operação de conservação de rotina.

1.2.2. Noções Econômicas Sobre Conservação de Rodovias

a) Redução dos custos de transporte.
Estudos especializados concluíram que os benefícios econômicos resultantes de uma boa conservação são extremamente altos.
Comparam-se, em estudos realizados pelo banco mundial, os custos de operação de veículos numa estrada mal conservada com os mesmos custos numa estrada bem conservada.

Por exemplo, quanto gasta a mais um caminhão em combustível e possíveis quebras numa estrada em más condições em relação a uma estrada em boas condições?

Essa economia que se faz ao trafegar numa boa estrada chama-se “redução dos custos operacionais“ que, somada com as outras, economias, com a redução do tempo de viagem, poderá constituir-se na “redução de custos de transporte“.
Verificou-se que a redução dos custos de operação dos veículos, numa estrada de boas condições, com tráfego de apenas 250 veículos por dia, que equivale ao dobro do custo da conservação eficaz dessa estrada. Para tráfegos maiores essa relação também cresce, possibilitando um retorno muito alto, para a economia em geral, dos recursos aplicados na conservação rodoviária.

Pode-se dizer que a redução dos custos de operação de um veículo numa estrada bem conservada, em relação à outra, mal conservada, é da ordem de 15%, para quem percorre cerca de 15.000 km por ano.

A redução dos custos de transporte reflete-se diretamente sobre os usuários das rodovias, tanto para adquirirem produtos para si como para transportarem a sua produção ou se deslocarem a serviço ou lazer.

b) Redução do tempo de viagem
A boa conservação das rodovias permite que os veículos que nela trafegam aumentem sua velocidade de operação e, em decorrência disso, reduzam o tempo de viagem dos usuários.

Esta redução do tempo de viagem pode ser considerada um benefício, dependendo da taxa da ocupação dos veículos e da renda dos usuários.

Podemos estimar o seu valor com base no motivo das viagens, se negócio ou trabalho, conforme metodologia estabelecida nos estudos de viabilidade econômica.

Este refinamento, no entanto, representa o cálculo de um benefício que é suplantado em valor muitas vezes, se o comparamos com aqueles benefícios decorrentes da redução dos custos operacionais dos veículos. Por outro lado, o prejuízo para os usuários seria muito grande no caso oposto, isto é, a impossibilidade de deslocamento numa rodovia com o revestimento comprometido, em tempo de chuva acarreta num custo social que tende a se agravar exponencialmente para as comunidades mais isoladas, quase sempre as mais carentes.








Garantir a trafegabilidade com qualquer tempo é a função primária da conservação das estradas não pavimentadas.

Devem-se garantir as condições de tráfego, nas estradas em leito natural, durante todo o ano, através da eliminação dos seus pontos críticos por meio de obras simples e de baixo custo.

O produto rural depende da rodovia que o atende para transportar a sua produção, para trazer os insumos indispensáveis à sua propriedade e também para deslocar-se a lazer ou por necessidade de saúde, educação ou negócios.

Manter a trafegabilidade de uma rodovia durante todo o ano, com qualquer tempo, ajuda a fixar o homem no campo, garantindo a sua renda e a sua qualidade de vida.

A manutenção adequada das estradas rurais fará com que as mesmas estejam sempre em condições de atender estas necessidades básicas e é, portanto, um dever do poder público.

c) Otimização da aplicação dos recursos públicos.
A conservação das rodovias visa proteger o valioso patrimônio público que elas representam, estendendo ao máximo a vida útil de cada trecho.
Quem nunca viu uma estrada em más condições impedir o deslocamento de alguém que necessitava alcançar socorro médico, deslocar-se para escola ou transportar sua produção?

Além disso, a conservação executada com eficiência permitirá adiar as obras de maior vulto numa rodovia, aquelas obras que classificamos de Melhoramentos.

Quando a conservação atende com presteza aos problemas, logo que detectados, os custos correspondentes se mantêm bem mais baixos.

No caso das rodovias pavimentadas, há evidências de que os custos de reparação de pavimentos após os danos terem atingido a base, representam cerca do triplo dos gastos de quando não é atingido tal estágio de degradação.

Isto é verdadeiro também para o caso das rodovias em revestimento primário, isto é, mais vale prevenir do que remediar.

Estudos do banco mundial demonstram que o dinheiro aplicado na conservação dá taxas mais altas de retorno que o aplicado em construções novas.

Além das vantagens econômicas, uma boa conservação também possibilita o aumento da segurança e do conforto dos usuários.

Executar, portanto, a conservação de rotina de maneira planejada, constante e com presteza significa aperfeiçoar a aplicação dos recursos públicos, permitindo o aumento do bem estar geral de todos.

1.2.3. Operações básicas de conservação de estradas não pavimentadas

Grande parte da rede de rodovias rurais não pavimentadas resulta da evolução de “trilhas“ e de caminhos precários os quais a própria atividade de conservação, através de alargamentos e de pequenas retificações, foi conferindo as características atuais do traçado.






Essas estradas se localizam freqüentemente nos espigões, “encaixadas“ no terreno natural com cotas vermelhas muito pequenas.

Do ponto de vista da conservação os segmentos críticos são aqueles que correspondem às travessias de talvegues, nos quais as rampas de descida e subida são íngremes. Esses trechos requerem freqüentemente um revestimento de solo

granular, para permitir o tráfego nos períodos chuvosos.

Para introduzirmos melhorias em perfil ou em planta em certos trechos é bom Ter em mente alguns pontos:

Existe consenso de que as estradas de melhor desempenho são aquelas situadas nas áreas bem drenadas, sobre solos granulares e com fração “fina” suficiente para lhes conferir alguma coesão.
É recomendável adotar greides elevados, com a preocupação de assegurar uma boa drenagem.
Onde o greide se apresenta enterrado, sempre que possível deve-se procurar melhorá-lo. Uma prática comum para isso é elevá-lo, executando empréstimos laterais “rasos“ (valetões). Esses empréstimos além de fornecerem material para elevar o greide, já conferirão à plataforma uma boa condição de drenagem.
Estudos demonstram que em cortes com cerca de 1.5 m a 2,0 m de altura os empréstimos laterais são economicamente viáveis, mesmo com pouco aproveitamento do material, comparando-se com a opção de drenagem através de execução de drenos profundos.
Deve-se ter em mente quando da execução destes empréstimos à estabilidade dos taludes de cortes e aterro com execução de cortes e aterros com declividades suaves (1:1 em corte e 2:3 em aterro). Ressalte-se que a drenagem das águas profundas por valetões tem custos de conservação muito menores que drenagens profundas com a execução de valas e colocação de tubos e/ou materiais drenantes.
Numa estrada de terra, a capacidade de fluir o tráfego depende essencialmente do solo existente e das condições de umidade que apresente.
Essas razões explicam porque o desempenho das rodovias não pavimentadas é muito melhor nos países tropicais, como o Brasil, onde se encontram com freqüência solos de boa qualidade.
Como solos de boa qualidade normalmente são mais próximos à superfície, é importante evitar cortes profundos, que normalmente atingem solos de qualidade inferior.

Devido à insuficiência de recursos, a conservação de estradas não pavimentadas geralmente é limitada às práticas emergências, correspondentes à recomposição do corpo estradal (remoção de barreiras, reconstrução de aterros) e à conservação corretiva de rotina (conformação de plataforma não pavimentada, limpeza de valetas e sarjetas, recomposição de dispositivos de drenagem).

Serviços de manutenção preventiva periódica, bem como melhoramentos (tais como recomposição do revestimento primário, melhorias de traçado, execução de obras de drenagem e de proteção à erosão, etc) só excepcionalmente é realizadas.







As práticas relacionadas com a manutenção das rodovias rurais apresentam grandes variações, mas o que se verifica é que, para as rodovias não pavimentadas, predomina a atividade de reconformação das pistas, em geral feita pela sua “patrolagem“ após a incidência de chuvas, quando a umidade do solo propicia coesão suficiente (salvo nos solos muito arenosos) permitindo melhor agregação dos materiais.
Nessa operação, normalmente se remaneja o material “para dentro“ da pista, simultaneamente desobstruindo as sarjetas e restaurando o “coroamento“ da pista, ou seja, uma seção transversal com inclinações suficientes para evitar o acúmulo de água na pista de rolamento.
Com raras exceções, a administração da manutenção das rodovias rurais está a cargo de encarregados que se valem da experiência adquirida ao longo dos anos para a seleção dos procedimentos e materiais a utilizar.
Não há, em geral, critérios objetivos definidos por escrito e a maior parte das vezes as decisões cabem aos encarregados gerais ou aos chefes de turmas de conservação.
À medida que o tráfego aumenta, essas estradas em geral passam a receber melhorias, ficando com seção transversal e o traçado mais bem definido.
Passam também a receber uma conservação melhor, que além da regularização da plataforma inclui providências para combater a erosão, normalmente através de dispositivos simples de proteção e de atividades de recomposição das áreas afetadas.
Entre as melhorias introduzidas cabe destacar a execução do “revestimento primário” que consiste em colocar sobre o leito natural da estrada uma camada de material granular, com características menos sensíveis à variação da umidade.
Em geral adota-se para o revestimento primário uma espessura da ordem de 10 a 20 centímetros.
Entretanto, a partir de um certo volume de tráfego, que pode ser estimado como da ordem de 300 veículos por dia, torna-se mais vantajoso, economicamente, pavimentar a estrada do que mantê-la sem pavimentação.
Essa vantagem decorre principalmente da sensível diminuição dos custos de operação de veículos.
Esta providência esbarra, no entanto, na absoluta escassez de recursos para investimentos de maior vulto.
O “Manual Técnico de Conservação” editado em 1967 pelo DNER, estabelece que, basicamente, a conservação de uma estrada de terra consiste em:

1) Manutenção de superfície de rolamento suave, firme e livre de material solto em excesso;
2) Manutenção de abaulamento adequado, a fim de garantir o escoamento das águas superficiais e;
3) Quando possível, a aplicação de um tratamento contra pó, para diminuir a perda de material superficial e o incômodo do pó.

Relacionada como principais defeitos que decorrem numa estrada de terra as ondulações transversais, as panelas ou buracos, a perda do abaulamento e o entupimento das sarjetas de drenagem dos cortes.
Faz diversos comentários sobre esses defeitos e suas causas prováveis e passa a seguir a descrever as “operações básicas de conservação” das estradas não pavimentadas, referindo-se a reconformação da pista de rolamento, recomposição da pista e conserto de panelas, reparos de áreas fracas e instáveis.

Com relação ás corrugações ou ondulações transversais, informa que algum sucesso tem sido conseguido na sua redução com o emprego de:

 Bases granulares com materiais especificamente graduados para esse fim;
 A estabilização com cimento ou cal (solo melhorado);
 O emprego dos asfaltos diluídos.

Duas regras básicas referentes a estradas não pavimentadas devem ser seguidas:

a) O leito das estradas de terra deve se manter o máximo possível próximo à superfície do terreno;
b) Um bom sistema de drenagem é essencial para estrada de terra.
Sem uma eficiente drenagem, por melhores que sejam as condições técnicas da pista, mais cedo ou mais tarde, sua deterioração será total.

 

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